Os
organismos que compõem uma comunidade sofrem influência de seu ambiente,
mas também atuam sobre ele, provocando alterações locai. Essas alterações podem
estabelecer novas condições eventualmente favoráveis à instalação de outras
espécies e desfavoráveis às espécies já existentes na comunidade. Assim pode
ocorrer mudanças nas comunidades, que, ao longo do tempo, acabam por levar ao
estabelecimento de uma comunidade estável, autorregulada, que dificilmente
sofre alterações significativas em sua estrutura. Todavia, é muito comum na
natureza ocorrerem perturbações em várias escalas de tempo que impedem a
comunidade de atingir estabilidade.
A
comunidade estável a que nos referimos é denominada comunidade clímax, e a
sequência de estágios do seu desenvolvimento é chamada sucessão ecológica. Cada
estágio da sucessão, ou seja, cada comunidade intermediária estabelecida
durante o desenvolvimento da comunidade clímax, é denominado estágio seral ou
sere.
Uma
sucessão ecológica pode ser definida em função de três características básicas:
É
o processo não sazonal, contínuo;
Ocorre
como resposta às modificações nas condições ambientais locais, provocadas pelos
próprios organismos dos estágios serais;
Termina
com o estabelecimento de uma comunidade clímax, que não sofre mais alterações
importantes em sua estrutura, desde que as condições macroclimáticas não se
alterem.
A
sucessão ecológica pode ser a primária ou secundária, dependendo de seu estágio
inicial.
A
sucessão é primária quando o início da colonização ocorre em regiões
anteriormente desabitadas, que não reúnem condições favoráveis à sobrevivência da
maioria dos seres vivos. É o que acontece, por exemplo, em superfícies de
rochas nuas, de dunas de areia recém-formadas e de lavas vulcânicas recém-solidificadas;
poucas espécies conseguem suportar as condições adversas desses locais.
A
sucessão é secundária quando o desenvolvimento de uma comunidade tem início em
uma área anteriormente ocupada por outras comunidades bem estabelecidas, como
terras de cultura abandonadas, campinas aradas e florestas recém-derrubadas.
Em
geral, as sucessões primárias demoram mais tempo do que as secundárias para
atingir o clímax. Alguns estudos de sucessão primária em dunas ou em regiões de derramamento de
lava estima que sejam necessário pelo menos 1000 anos para desenvolvimento de
uma comunidade clímax. Por sua vez, a sucessão secundária em terras com clima
úmido e temperado, onde houve derrubada de matas, pode levar apenas 100 anos.
As
espécies que iniciam o processo de sucessão são chamados espécies pioneiras.
Ao
longo da sucessão, as comunidades que se instalam sofrem mudanças em sua
estrutura. As principais estão resumidas na tabela a seguir
REFERÊNCIAS.
LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio.
Bio: volume 3- 1ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010
Imagem:
https://www.google.com.br/search?q=sucess%C3%A3o+ecologica&biw=1366&bih=631&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=krDHVI-UDuHIsQSD3YLoDg&ved=0CAYQ_AUoAQ#imgdii=_&imgrc=PrxzKBRKNh1uwM%253A%3BHk7VjU3gMH23XM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.estudopratico.com.br%252Fwp-content%252Fuploads%252F2014%252F07%252Fsucessao-ecologica.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.estudopratico.com.br%252Fsucessao-ecologica%252F%3B750%3B427
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