O filo Porifera ( do latim porus “poro”; ferre, “possuir”) inclui aqueles animais comumente chamados de
esponjas. Poríferos são animais sésseis, filtradores e multicelulares que se
utilizam de células flageladas chamadas de coanócitos para circular água por um
sistema de canais exclusivo do grupo. Porifera é o único filo com um nível de
construção corporal parazoário (isto é, Metazoa sem camadas germinativas
verdadeiras no desenvolvimento embrionário). Não apenas tecidos verdadeiros estão
ausentes, mas a maioria das células corporais são totipotentes – capazes de
mudanças na sua forma e função. Embora esponjas sejam animais multicelulares de
tamanho grande, funcionam basicamente de forma semelhante a organismos com um
grau de complexidade unicelular .
As Esponjas
Podem viver como indivíduos
isolados ou coloniais, mas fixas a um substrato.
A maioria das espécies de
esponjas produz ampla gama de compostos tóxicos, alguns bastante potentes, que
atuam como defesa desses animais contra predadores, por outro lado, muitas
espécies produzem compostos com atividade antibacteriana, antifúngica e
antiviral, que têm despertado interesse para a produção de medicamentos.
O Corpo das esponjas
O corpo das esponjas é revestido
externamente por células pavimentosas chamadas pinacócitos. No caso desse tipo morfológico
mais simples, a cavidade interna do corpo da esponja, o átrio ou espongiocele,
é revestida por células flageladas típicas das esponjas e chamadas coanócitos.
Entre essas duas camadas está o meso-hilo, formado basicamente por um material
gelatinoso, onde estão imersos diversos tipos celulares. É o caso dos arqueócito,
células que têm a capacidade de se deslocar pelo meso-hilo por meio de
movimentos amebóides e que podem dar origem a outros tipos celulares. Os
diminutos poros correspondem a canais de passagem que existem em células
especiais, chamadas porócitos.
A sobrevivência e a reprodução
desses animais dependem da circulação de água no corpo. Essa circulação ocorre
de forma orientada: a água entra pelos poros, cai no átrio ou espongiocele e
sai pelo ósculo. É o batimento do flagelo dos coanócitos que promovem essa
circulação.
Ao entrar na esponja, a água
traz, além de partículas alimentares, o gás oxigênio indispensável para a
respiração celular; ao sair da esponja, a água carrega excretas nitrogenadas e
gás carbônico. Existem, portanto, uma corrente inalante, que entra no corpo da
esponja pelos poros, e uma exalante, que sai do corpo da esponja pelo ósculo.
Cada coanócito apresenta ao redor
do flagelo um colarinho formado por várias microvilosidades, projeções longas e
delgadas da células, dispostas muito próximas entre si.
Reprodução nas esponjas
As esponjas podem apresentar
reprodução assexuada e sexuada.
A reprodução assexuada pode ser
por brotamento, fragmentação ou gemulação.
No brotamento, uma esponja
inicial produz uma projeção no corpo, o broto, que pode se soltar originando um
novo indivíduo.
As esponjas têm grande poder de
regeneração. Pequenos pedaços delas podem regenerar por completo esponjas
inteiras. Essa capacidade permite que elas apresentem um tipo de reprodução
assexuada por fragmentação: pequenos pedaços separados eventualmente do corpo
podem formar novas esponjas.
A gemulação é
mais comum em espécies de água doce, onde as condições ambientais podem se
tornar temporariamente adversas, como ocorre quando os rios secam. Cada gêmula
é constituída por um envoltório rígido que protege células indiferenciadas
(arqueócitos) capazes de formar um novo indivíduo. Quando as esponjas morrem,
as gêmulas são liberadas, podendo permanecer no meio por longos períodos de
tempo, até que as condições ambientais voltem a se tornar adequadas. Nessas condições, os arqueócitos saem por uma
abertura presente na gêmula, a micrópila, e reorganizam uma nova esponja.
Na reprodução
sexuada, os espermatozóides são formados a partir dos coanócitos e saem pelo
ósculo carregados pela corrente exalante de água. Eles penetram em outras
esponjas com a corrente inalante e são captados pelos coanócitos, que os
transferem para o óvulos.
Como regra
geral a fecundação é interna. Os óvulos são formados a partir de coanócitos ou
de arqueócitos. Do ovo surge uma larva ciliada que abandona o corpo da esponja.
Após breve período de vida planctônica, a larva fixa-se a um substrato, sofre
metamorfose e dá origem a um novo indivíduo.
REFERÊNCIAS.
LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio.
Bio: volume 3- 1ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010
Imagens:
https://www.google.com.br/search?q=sucess%C3%A3o+ecologica&biw=1366&bih=631&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=krDHVI-UDuHIsQSD3YLoDg&ved=0CAYQ_AUoAQ#tbm=isch&q=filo+porifera&imgdii=_
Imagens:
https://www.google.com.br/search?q=sucess%C3%A3o+ecologica&biw=1366&bih=631&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=krDHVI-UDuHIsQSD3YLoDg&ved=0CAYQ_AUoAQ#tbm=isch&q=filo+porifera&imgdii=_
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