segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A dinâmica das comunidades: sucessão ecológica.






Os organismos que compõem uma comunidade sofrem influência de seu ambiente, mas também atuam sobre ele, provocando alterações locai. Essas alterações podem estabelecer novas condições eventualmente favoráveis à instalação de outras espécies e desfavoráveis às espécies já existentes na comunidade. Assim pode ocorrer mudanças nas comunidades, que, ao longo do tempo, acabam por levar ao estabelecimento de uma comunidade estável, autorregulada, que dificilmente sofre alterações significativas em sua estrutura. Todavia, é muito comum na natureza ocorrerem perturbações em várias escalas de tempo que impedem a comunidade de atingir estabilidade.

A comunidade estável a que nos referimos é denominada comunidade clímax, e a sequência de estágios do seu desenvolvimento é chamada sucessão ecológica. Cada estágio da sucessão, ou seja, cada comunidade intermediária estabelecida durante o desenvolvimento da comunidade clímax, é denominado estágio seral ou sere.
Uma sucessão ecológica pode ser definida em função de três características básicas:

É o processo não sazonal, contínuo;

Ocorre como resposta às modificações nas condições ambientais locais, provocadas pelos próprios organismos dos estágios serais;

Termina com o estabelecimento de uma comunidade clímax, que não sofre mais alterações importantes em sua estrutura, desde que as condições macroclimáticas não se alterem.

A sucessão ecológica pode ser a primária ou secundária, dependendo de seu estágio inicial.

A sucessão é primária quando o início da colonização ocorre em regiões anteriormente desabitadas, que não reúnem condições favoráveis à sobrevivência da maioria dos seres vivos. É o que acontece, por exemplo, em superfícies de rochas nuas, de dunas de areia recém-formadas e de lavas vulcânicas recém-solidificadas; poucas espécies conseguem suportar as condições adversas desses locais.

A sucessão é secundária quando o desenvolvimento de uma comunidade tem início em uma área anteriormente ocupada por outras comunidades bem estabelecidas, como terras de cultura abandonadas, campinas aradas e florestas recém-derrubadas.

Em geral, as sucessões primárias demoram mais tempo do que as secundárias para atingir o clímax. Alguns estudos de sucessão primária  em dunas ou em regiões de derramamento de lava estima que sejam necessário pelo menos 1000 anos para desenvolvimento de uma comunidade clímax. Por sua vez, a sucessão secundária em terras com clima úmido e temperado, onde houve derrubada de matas, pode levar apenas 100 anos.
As espécies que iniciam o processo de sucessão são chamados espécies pioneiras.

Ao longo da sucessão, as comunidades que se instalam sofrem mudanças em sua estrutura. As principais estão resumidas na tabela a seguir 




REFERÊNCIAS.
LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. Bio: volume 3- 1ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010

Imagem:

https://www.google.com.br/search?q=sucess%C3%A3o+ecologica&biw=1366&bih=631&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=krDHVI-UDuHIsQSD3YLoDg&ved=0CAYQ_AUoAQ#imgdii=_&imgrc=PrxzKBRKNh1uwM%253A%3BHk7VjU3gMH23XM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.estudopratico.com.br%252Fwp-content%252Fuploads%252F2014%252F07%252Fsucessao-ecologica.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.estudopratico.com.br%252Fsucessao-ecologica%252F%3B750%3B427

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