segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Filo Porifera






 O filo Porifera ( do latim porus “poro”; ferre, “possuir”) inclui aqueles animais comumente chamados de esponjas. Poríferos são animais sésseis, filtradores e multicelulares que se utilizam de células flageladas chamadas de coanócitos para circular água por um sistema de canais exclusivo do grupo. Porifera é o único filo com um nível de construção corporal parazoário (isto é, Metazoa sem camadas germinativas verdadeiras no desenvolvimento embrionário). Não apenas tecidos verdadeiros estão ausentes, mas a maioria das células corporais são totipotentes – capazes de mudanças na sua forma e função. Embora esponjas sejam animais multicelulares de tamanho grande, funcionam basicamente de forma semelhante a organismos com um grau de complexidade unicelular .

As Esponjas

Podem viver como indivíduos isolados ou coloniais, mas fixas a um substrato.
A maioria das espécies de esponjas produz ampla gama de compostos tóxicos, alguns bastante potentes, que atuam como defesa desses animais contra predadores, por outro lado, muitas espécies produzem compostos com atividade antibacteriana, antifúngica e antiviral, que têm despertado interesse para a produção de medicamentos.

O Corpo das esponjas


O corpo das esponjas é revestido externamente por células pavimentosas chamadas pinacócitos. No caso desse tipo morfológico mais simples, a cavidade interna do corpo da esponja, o átrio ou espongiocele, é revestida por células flageladas típicas das esponjas e chamadas coanócitos. Entre essas duas camadas está o meso-hilo, formado basicamente por um material gelatinoso, onde estão imersos diversos tipos celulares. É o caso dos arqueócito, células que têm a capacidade de se deslocar pelo meso-hilo por meio de movimentos amebóides e que podem dar origem a outros tipos celulares. Os diminutos poros correspondem a canais de passagem que existem em células especiais, chamadas porócitos.

A sobrevivência e a reprodução desses animais dependem da circulação de água no corpo. Essa circulação ocorre de forma orientada: a água entra pelos poros, cai no átrio ou espongiocele e sai pelo ósculo. É o batimento do flagelo dos coanócitos que promovem essa circulação.
Ao entrar na esponja, a água traz, além de partículas alimentares, o gás oxigênio indispensável para a respiração celular; ao sair da esponja, a água carrega excretas nitrogenadas e gás carbônico. Existem, portanto, uma corrente inalante, que entra no corpo da esponja pelos poros, e uma exalante, que sai do corpo da esponja pelo ósculo.
Cada coanócito apresenta ao redor do flagelo um colarinho formado por várias microvilosidades, projeções longas e delgadas da células, dispostas muito próximas entre si.

Reprodução nas esponjas

As esponjas podem apresentar reprodução assexuada e sexuada.

A reprodução assexuada pode ser por brotamento, fragmentação ou gemulação.
No brotamento, uma esponja inicial produz uma projeção no corpo, o broto, que pode se soltar originando um novo indivíduo. 


As esponjas têm grande poder de regeneração. Pequenos pedaços delas podem regenerar por completo esponjas inteiras. Essa capacidade permite que elas apresentem um tipo de reprodução assexuada por fragmentação: pequenos pedaços separados eventualmente do corpo podem formar novas esponjas.
A gemulação é mais comum em espécies de água doce, onde as condições ambientais podem se tornar temporariamente adversas, como ocorre quando os rios secam. Cada gêmula é constituída por um envoltório rígido que protege células indiferenciadas (arqueócitos) capazes de formar um novo indivíduo. Quando as esponjas morrem, as gêmulas são liberadas, podendo permanecer no meio por longos períodos de tempo, até que as condições ambientais voltem a se tornar adequadas.  Nessas condições, os arqueócitos saem por uma abertura presente na gêmula, a micrópila, e reorganizam uma nova esponja.
Na reprodução sexuada, os espermatozóides são formados a partir dos coanócitos e saem pelo ósculo carregados pela corrente exalante de água. Eles penetram em outras esponjas com a corrente inalante e são captados pelos coanócitos, que os transferem para o óvulos.


Como regra geral a fecundação é interna. Os óvulos são formados a partir de coanócitos ou de arqueócitos. Do ovo surge uma larva ciliada que abandona o corpo da esponja. Após breve período de vida planctônica, a larva fixa-se a um substrato, sofre metamorfose e dá origem a um novo indivíduo.


REFERÊNCIAS.
 

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